Como melhorar o seu potencial cerebral

Os esquecimentos costumam ser de acontecimentos recentes, ao passo que fatos passados a muito tempo, dificilmente saem da memória. Esse fato costuma estar associado ao envelhecimento, o que pode causar um desconforto, já que a sociedade em que se vive, equivocadamente, preza o novo em detrimento do velho. E o sentimento de impotência diante da trajetória da vida, torna-se um incômodo, podendo até, de forma mais veemente, desencadear um processo depressivo.
A grande novidade, nesse contexto, é que a ciência não evolui somente num âmbito teórico, mas principalmente, no prático. A fantástica descoberta da Neurociência, vem revelar que o cérebro, apesar de envelhecer, continua a possuir uma capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões. Conscientes dessa descoberta, os autores Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que é possível tomar providências para combater os esquecimentos, favorecendo a diminuição do desconforto. Enfatizam que as pesquisas do cérebro mais recentes apontam para novos métodos que podem ser incorporados às atividades diárias a fim de desenvolver e manter as conexões cerebrais. Através dessas estratégias, a pessoa pode aumentar a capacidade do seu cérebro de lidar com declínios na agilidade mental.
O nome que deram a essas estratégias é Neuróbica, a 'aeróbica dos neurônios'. Katz e Rubin, ensinam que a Neuróbica é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro. Esse exercício aumenta a saúde geral do cérebro, durante o percurso da vida e enquanto se envelhece.
Eles esclarecem que o programa de exercícios oferece ao cérebro experiências fora da rotina ou inesperadas, usando várias combinações dos sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição -, além do "sentido" emocional. Estimula padrões de atividade neural que cria mais conexões entre diferentes áreas do cérebro e faz com que as células nervosas produzam nutrientes naturais do cérebro, as neurotrofinas.
É bastante diferente dos exercícios cerebrais, usados até então, tais como jogos de cartas, quebra-cabeças ou xadrez, e uma novidade providencial. Divulgar esse método é importante, pois configura-se como uma interessante maneira, tanto de diminuir os efeitos da degeneração cerebral, bem como ajuda na reabilitação de cérebros lesados por fatores externos.
Denise Mendonça de Melo é psicóloga, formada pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Saiba mais clicando aqui.
Sobre quais temas (da área de psicologia) você quer ler novos artigos nesta seção? A psicóloga Denise Melo aguarda suas sugestões no e-mail psique@jfservice.com.br.
0 comentários:
Enviar um comentário