sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Conheça o perfil dos candidatos à presidência do Brasil nas Eleições de 2010

Dilma Rouseff
Dilma Roussef (PT)

Natural de Belo Horizonte, Dilma Rousseff, de 62 anos, é economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A ex-ministra iniciou sua militância política aos 16 anos, em Belo Horizonte, e passou para a luta armada contra o regime militar. Foi presa em 1970, por quase 3 anos, e submetida a tortura.
Em 1967, em Minas Gerais, Dilma casou-se com Claudio Galeno. O jornalista, cinco anos mais velho, era integrante do movimento Política Operária (Polop). O casamento não durou em meio à luta armada e Dilma casou-se novamente, em 1969, com o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, que conheceu nas reuniões do Comando da Libertação Nacional (Colina). Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para Porto Alegre, em 1972. Em 1976, nasceu Paula Rousseff Araújo, sua única filha.
 José Serra
José Serra (PSDB)

José Serra (PSDB), 68 anos, disputa a Presidência da República pela segunda vez. O tucano saiu derrotado da corrida ao Palácio do Planalto em 2002, ao enfrentar o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dali em diante, obteve duas vitórias nas urnas.
Em 2004, Serra venceu Marta Suplicy (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, cargo para o qual havia tentado se eleger sem sucesso em 1988 e em 1996. Após 16 meses no posto, quebrou a promessa de campanha de concluir o mandato e renunciou para concorrer ao governo do Estado na eleição em que venceu no primeiro turno o também petista Aloizio Mercadante. Deixou o cargo em abril deste ano para ser o candidato à presidência pelo PSDB nas eleições 2010.
Serra é filho único de um casal de imigrantes italianos  - o pai era fruteiro. Criado no bairro da Mooca, na capital paulista, ingressou em 1960 no curso de engenharia da USP e passou a militar no movimento estudantil. Com o apoio da organização de esquerda Ação Popular (AP), elegeu-se presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1963. Um ano depois, com o golpe militar, foi cassado e refugiou-se na Bolívia, de onde seguiu para a França. Tentou voltar ao Brasil, mas acabou se fixando no Chile onde começou a estudar Economia.
Com o golpe chileno, mudou-se para os Estados Unidos e ampliou seus estudos. Serra voltou ao Brasil 13 anos depois do golpe, virou professor e ingressou no MDB, sigla que serviria de embrião para o PMDB. Seu ingresso na administração pública veio em 1982, quando o governador paulista Franco Montoro (PMDB) o convidou para ser secretário do Planejamento. A partir daí, passou a acumular cargos e diplomas. Em 1986, elegeu-se deputado e teve atuação destacada na Constituinte.
Serra ajudou em 1988 a fundar o PSDB, partido pelo qual conquistou mais um mandato de deputado (1990) e outro de senador (1994). No governo FHC (1995-2002), foi primeiro ministro do Planejamento (1995-1996), tendo ocupado também a pasta da Saúde (1998-2002).

Marina Silva
Marina Silva (PV)

Marina Silva nasceu e viveu até os 16 anos em um seringal no Acre. Na Floresta Amazônica, perdeu a mãe e três de dez irmãos. Depois de sobreviver a cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose, mudou-se para Rio Branco, e se alfabetizou pelo Mobral. Aos 18, foi morar em um convento, mas desistiu de ser freira, por “falta de vocação”.
Com a saúde frágil, correu risco de vida em algumas ocasiões e tem alergias que a forçam a uma dieta rigorosa. Começou a carreira política no curso de História, sete anos depois de ter aprendido a ler e escrever. Integrou o Partido Revolucionário Comunista, ao lado do sindicalista Chico Mendes, de quem seria vice na CUT-AC e que a influenciaria definitivamente na política.
Pelo PT, em 1986, entrou na chapa para eleger Chico Mendes deputado estadual, concorrendo à Constituinte. Não se elegeu, mas em 1988 virou vereadora. Foi deputada estadual e, em 1995, tornou-se a mais jovem senadora eleita no País, aos 36, tendo renovado o mandato em 2002. Marina, que se converteu à religião evangélica, é missionária da Assembleia de Deus.
Com a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, tornou-se ministra do Meio Ambiente. Embora tenha sido mantida no cargo no segundo mandato do petista, Marina viu aumentar o seu desgaste na pasta. Passou, por exemplo, a divergir de setores desenvolvimentistas do governo, por causa da liberação de licenças ambientais para projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Acabou deixando o posto em 2008, pouco após ser preterida para comandar o Programa Amazônia Sustentável. Em agosto de 2009, decidiu pedir desfiliação do partido de Lula e aceitou convite para integrar os quadros do PV, para se lançar candidata à Presidência da República.

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